quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Congresso Internacional do Medo

Provisoriamente não cantaremos o amor,que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.Cantaremos o medo, que estereliza os abraços,não cantaremos o ódio, porque este não existe,existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.Depois morreremos de medoe sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. (Carlos Drummond de Andrade).

Um comentário:

Aquilante disse...

Que seres são estes que nem com tanto medo, apredem a interagir para o bem comum.
Bom texto Ulisses!